Quando a pressa está acima da vontade de emagrecer com saúde, na maioria das vezes, as pessoas optam por dietas radicais que trazem resultados rápidos. E as variações destes tipos de regime não são poucas. Assim como as conseqüências que trazem para o organismo.
De acordo com a nutricionista da Unifesp, Flávia Bulgarelli, o maior malefício que as dietas muito restritivas trazem para o organismo, é a alteração do metabolismo. "O corpo se adepta ao que a pessoa come. Se a pessoa restringe muito a alimentação, ometabolismo passa a ser mais lento. Passado o tempo da dieta, quando a pessoa voltar a se alimentar normalmente, o metabolismo vai estar mais lento e ela vai engordar com mais facilidade", explica.
Além da mudança no metabolismo, Flávia destaca que as dietas radicais promovem perda de massa muscular. "Quando a pessoa perde 2 kg por semana, por exemplo, está eliminando massa muscular e água do corpo. É isso que causa diferença na balança rapidamente, pois a mobilização de gordura demora mais".
A nutricionista faz um alerta para o tipo de dieta que elimina determinado tipo de nutriente da alimentação, como o carboidrato, por exemplo. Ela explica que o carboidrato é fundamental para quem se exercita, pois evita que a pessoa emagreça, mas fique flácida. Sinal vermelho também para os medicamentos voltados para auxiliar no emagrecimento. "Na verdade, esse tipo de medicamento só mascara o problema", diz. Ela cita o exemplo dos inibidores de apetite. "Quando a pessoa pára de tomar, a fome volta", afirma a especialista.
Outra agravante para quem é adepto às dietas radicais, é o aumento do risco de problemas cardiovascular. Emagrecer muito rápido causa danos ao coração e às artérias. "Aconselho sempre que a pessoa emagreça gradativamente", diz Flávia. O ideal é seguir uma dieta balanceada, de 1300 a 1500 calorias diárias, com restrições adequadas (gordura, açúcar) e perder cerca de 500 gramas por semana. "Assim vai haver uma perda de peso constante e saudável", conclui.
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